Docente: Profª. Drª. Monica Grin
Dia:
Quintas Feiras (Quinzenal)
(Início em Maio de 2022)
Horário: 20:30 às 22:30
Local: Online (Zoom)

Laboratório de teses, dissertações e monografias em estudos judaicos

O objetivo do laboratório é garantir um espaço de debates para estudantes que se dedicam à pesquisa na área de estudos judaicos. Além de questões de natureza formal – como se elabora um projeto – o laboratório busca tratar os temas das pesquisas substancialmente. Leituras de autores (e autores convidados) cuja interlocução promova o aprofundamento dos temas das pesquisas dos estudantes.

Docente: Prof. Dr. Michel Gherman
Dia:
Quintas Feiras (Quinzenal).
Horário:19:00.
Local: Instituto de História – UFRJ – Sala 427 A

O judeu imaginário: um caso de conversão e desconversao:

O debate sobre a construção da imagem do judeu na modernidade europeia não é um tema novo. Desde as reflexões propostas por Hannah Arendt até os conceitos de Zygmunt Baumann, que propõe que o judeu funcione como uma espécie de prisma (que contém as cores que o lhe observador impõe) da cultura europeia, são muitos os autores que lidam com noções de um judeu imaginário na história no século XX. Estudos de Nelson Vieira, Monica Grin e Bernardo Sorj também discutem a construção da imagem do judeu no contexto específico do Brasil. Entretanto, foi o filósofo Allain Finkielkraut, já em fins do século XX, que desenvolveu propriamente o conceito de “Judeu Imaginário”.

A proposta de Finkielkraut tem como ponto de partida a percepção de que à direita e à esquerda “o judeu” ocupa um lugar central na identidade social e politica da Europa. Apropriando-se das reflexões de Benedict Anderson, o filósofo sugere que esse “judeu imaginário” está completamente divorciado da experiência histórica do judeu e que sua emergência está atrelada à consolidação de um modelo, seguido por diversos grupos, para demandar políticas específicas de reconhecimento. Finkielkraut também percebe o uso de Israel como espécie de continuação do judeu imaginário. Nesse caso, a “Israel Imaginária”, que tem pouca relação com o Estado de Israel, é o elemento sintetizador de disputas e interesses religiosos, sociais e políticos.

No Brasil dos 2000, percebemos que a Israel é o judeu imaginários também funciona como referência politica de diversos grupos que atuam no complexo contexto social do país. Grupos de direita e de esquerda servem-se, cada um a sua maneira, desta perspectiva para intervir em suas respectivas agendas. Nossa proposta nesse laboratório é discutir justamente os processos de construção da Israel imaginária no contexto da Política contemporânea brasileira. Grupos diversos têm usado Israel, incorporando inclusive símbolos e marcas de Israel e dos judeus em suas manifestações.

Neste laboratório exploraremos essa bibliografia mencionada e outros textos de historiadores, filósofos e cientistas sociais. Como material de apoio também mobilizaremos ensaios e textos publicados na imprensa brasileira. Abordar a Israel imaginária é o caminho a partir do qual exploraremos, a um só tempo, a política contemporânea brasileira e o uso político de Israel como um traço que conecta o Brasil a outras partes do mundo em que esse uso também ocorre.

Docente: Profª. Drª. Silvia Correa
Dia:
Quintas Feiras (Quinzenal).
Horário:18:00.
Local: Instituto de História – UFRJ – Sala 427 A

Memória(s) da Violência Contemporânea: experiência, mediação e representação